quinta-feira, 18 de novembro de 2010

NOTURNO


Nos estreitos breves
a arte íngreme
de ser,
frente as faces do mundo.

A margens se re-
dobram nas entranhas das luas.

As barcas sonham a distância das flautas.

Fendido ao tempo feito
um canal,
nos orifícios cegos do fôlego,
basta
aquilo que arrefece.

A inocência do mar submerge as cítaras.





***

Felipe Stefani, escrito da janela do apartamento. Santos, novembro 2010.

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